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Ex-dirigente do Bayern, Rummenigge elogia novo Mundial: ‘Quem vencer será o verdadeiro campeão’ 

Figura central na história do Bayern de Munique, Karl-Heinz Rummenigge voltou aos holofotes com uma análise contundente sobre o momento do futebol europeu e as reformas recentes nos principais torneios internacionais. Ex-jogador, dirigente e atual membro do conselho de supervisão do clube bávaro, ele defendeu com firmeza o novo formato do Mundial de Clubes e traçou paralelos com desafios internos do próprio Bayern e da seleção alemã.

Rummenigge celebrou a ampliação do Mundial como uma necessidade de longa data, citando o antigo modelo da Copa Intercontinental como restritivo. Para ele, a competição da Fifa ganha agora um caráter mais legítimo. “Quem vencer será o verdadeiro campeão mundial de clubes”, destacou ao jornal alemão Welt am Sonntag, apontando que o torneio tende a crescer em interesse a partir das fases eliminatórias.

O dirigente ainda elogiou o papel do presidente da Fifa, Gianni Infantino, na implementação da mudança e comparou o avanço ao sucesso recente da reformulação da Liga dos Campeões.

Apesar do otimismo em relação ao cenário internacional, Rummenigge fez um alerta sobre os desafios estruturais enfrentados pelos grandes clubes europeus, especialmente no que diz respeito aos salários. Em sua visão, o problema central não está mais nas altas taxas de transferência, mas no impacto dos vencimentos inflacionados no orçamento dos clubes. “No Bayern, fomos generosos demais com a folha salarial. É algo que precisamos reconhecer com autocrítica”, admitiu.

Ao tratar da formação de jogadores, Rummenigge defendeu que o Bayern retome a valorização das categorias de base como forma de equilibrar financeiramente o elenco e fortalecer sua identidade esportiva. Citando Van Gaal como exemplo de técnico corajoso ao apostar em nomes como Thomas Müller e Alaba, ele também elogiou Hansi Flick por repetir esse modelo em tempos de crise no Barcelona. A expectativa, segundo o dirigente, é que o clube consiga inserir ao menos um atleta do Campus por temporada no time principal.

O ex-atacante aproveitou ainda para tecer críticas veladas à gestão anterior no comando técnico do Bayern e elogiou o novo técnico, Vincent Kompany, pela postura serena e pela reconstrução do ambiente no clube. “Ele me lembra Jupp Heynckes”, comparou, mencionando o equilíbrio emocional e a comunicação com o grupo como virtudes essenciais para um ciclo vitorioso. Para Rummenigge, além de bons jogadores, é preciso um líder que saiba conduzir a equipe com inteligência.

Em tom mais nacional, o dirigente analisou com franqueza o atual momento da seleção alemã. Embora reconheça méritos em Julian Nagelsmann, criticou o excesso de autoconfiança do treinador ao colocar publicamente a conquista da Copa do Mundo como meta. Rummenigge relembrou que os melhores resultados da Alemanha ocorreram quando a equipe adotou uma postura mais humilde e defendeu cautela: “Às vezes, é preciso lembrar que nem sempre fomos favoritos e isso nos ajudou.” 

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