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Enem traz questões sobre tragédia da barragem de Mariana, inundações e crise climática 

 A crise climática foi um dos principais assuntos que apareceram nas questões da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 neste domingo, 3, quando os alunos responderam a questões de Ciências Humanas e Linguagens. A redação trouxe a proposta de discutir a valorização da herança africana no Brasil. Cerca de 4,3 milhões de candidatos fizeram a prova.

Um dos episódios citados foi o rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana (MG). “A questão apresentou um recorte cultural, destacando que, em tragédias como essa, as perdas são maiores do que os bens materiais. O candidato tinha de refletir sobre os vínculos de pertencimento que caracterizam os espaços sociais”, diz Lígia Albuquerque, coordenadora e professora de Filosofia e Sociologia do Elite Rede de Ensino.

A questão traz também a perspectiva do quanto um acidente dessa natureza destrói a historia de varias comunidades, e os impactos ao sentido de pertencimento dos grupos atingidos, diz o consultor pedagógico do SAS Educação, Paulo Fernandes.

“Sobre a crise climática, havia duas questões que direcionaram para isso. A primeira envolve a mudança do clima nas cidades brasileiras e os alunos tinham de fazer a relação com a implantação de parques públicos, pois a arborização nestes parques ajuda a minimizar os problemas relacionados à mudança do microclima urbano”, diz a professora de Geografia do Elite Rede de Ensino, Juliana Przybysz.

“A segunda está relacionada ao desmatamento da Amazônia e a intensidade de chuvas, já que o corte das árvores diminui a evapotranspiração e, consequentemente, a formação de chuvas”, acrescenta.

Outra questão da prova trazia a importância do envolvimento do Brasil na Conferência do Clima das Nações Unidas (COP) e como a resposta brasileira à agenda ambiental tem sido impulsionada por cobranças internacionais e da sociedade civil. “O aluno tinha de fazer uma análise levando em consideração a importância do Brasil no combate às mudanças climáticas e quem cobrou o País a se manifestar”, continua Juliana. 

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