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CEO diz que Atlético-MG ofereceu assistência a fotógrafo e identificou torcedores ‘infratores’ 

O CEO do Atlético-MG, Bruno Muzzi, revelou nesta terça-feira que o clube ofereceu assistência ao fotógrafo Nuremberg José Maria, ferido durante a segunda partida da final da Copa do Brasil, no domingo, na Arena MRV, estádio atleticano, em Belo Horizonte. De acordo com Muzzi, o Atlético pretende custear todas as despesas médicas do profissional, que foi atingido por uma bomba em seu pé.

Nuremberg fraturou três dedos, além de ter rompido tendões e sofrido um corte o pé. Ele foi encaminhado para o Hospital João XXIII, onde passou por cirurgia. O fotógrafo acabou sendo vítima de confusão generalizada causada por torcedores do Atlético. Eles jogaram copos, rojões e até invadiram o gramado após o gol do Flamengo na partida – os cariocas venceram por 1 a 0 e se sagraram pentacampeões da Copa do Brasil.

Bruno Muzzi foi visitado pelo presidente do Atlético, Sérgio Coelho, na manhã desta terça-feira. O clube não informou se o fotógrafo aceitou a proposta sobre o custeamento das despesas médicas.

O CEO também informou que o clube identificou alguns “infratores”. No dia do jogo, 16 torcedores foram conduzidos pela Polícia Militar, sendo que 12 foram detidos por conta de incitação de tumulto, ameaça e caso de injúria racial.

“O Galo segue em total colaboração com as autoridades de segurança pública na investigação de todos os crimes cometidos. Representantes da Polícia Militar estiveram na Arena MRV na segunda-feira para prosseguir os trabalhos de identificação e punição dos infratores”, informou o clube, em comunicado.

Muzzi destacou que o Atlético já avalia medidas para aumentar a segurança do seu estádio. Uma delas seria a instalação de vidros num dos níveis da arquibancada para evitar o arremesso de objetos no gramado. Outra seria aumentar o perímetro de segurança no acesso à arena.

“Não vamos nos isentar de culpa, erramos e vamos assumir. Iremos estabelecer medidas mais duras no nosso protocolo de segurança. Aquela selvageria não pode mais acontecer. Vamos nos defender na esfera da Justiça Desportiva e esperamos a punição seja nos mesmos moldes das aplicadas em casos similares.”

O dirigente lamentou ainda a hostilidade sofrida pela delegação do Flamengo e a decisão de tocar o hino atleticano durante a cerimônia de premiação do Flamengo, que levantou o troféu da Copa do Brasil no gramado da Arena MRV.

“Fomos bem tratados no jogo de ida da Copa do Brasil. E não houve essa reciprocidade aqui em Belo Horizonte. Lamentamos isso. Sobre o Hino do Galo após a partida, foi uma discussão interna acalorada, somos profissionais e é preciso saber ganhar e perder, ainda mais com o nosso planejamento para colocar o Atlético na disputa de todas as competições”, afirmou.

MAIS POLICIAIS
Muzzi afirmou que a polícia militar precisa ter maior contingente em jogos de futebol. “Os seguranças particulares são treinadores para lidar com torcedores, e não com bandidos. Quem lida com bandido é a polícia”, afirmou o CEO, em declarações dadas antes da decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) de interditar a Arena MRV.

A decisão aconteceu no início da tarde desta terça-feira, a pedido da Procuradoria. Pela decisão, o Atlético terá que jogar suas próximas partidas como mandante longe de Belo Horizonte e sem a presença de torcedores. 

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